“A ausência ou a baixa incidência de pessoas negras em espaços de poder não costuma causar incômodo ou surpresa em pessoas brancas. […] Se a população negra é a maioria no país, quase 56%, o que torna o Brasil a maior nação negra fora da África, a ausência de pessoas negras em espaços de poder deveria ser algo chocante. Portanto, uma pessoa branca deve pensar seu lugar de modo que entenda os privilégios que acompanham a sua cor. Isso é importante para que privilégios não sejam naturalizados ou considerados apenas esforço próprio. […] Ainda que uma pessoa branca tenha atributos morais positivos — por exemplo, que seja gentil com pessoas negras —, ela não só se beneficia da estrutura racista como muitas vezes, mesmo sem perceber, compactua com a violência racial.” (Djamila Ribeiro – Pequeno Manual Antirracista).

A escravização de povos negros africanos e seus descendentes por mais de 300 anos seguida do descaso estatal com a absorção desse universo de mulheres e homens ao tecido social criou uma atmosfera de segregação que impregna o inconsciente individual e coletivo brasileiro. O racismo estrutural é uma realidade que não pode ser negada e combate-lo é um dever ético inadiável.

No dia da consciência negra Nicoliello, Viotti & Viotti se posiciona em favor das políticas e iniciativas inclusivas que garantam à negra e ao negro a oportunidade de protagonismo social, político, cultural e econômico, tais como as cotas raciais nas universidades, na administração pública e nas eleições.